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Origens de S.Martinho da Gândara

A escassez documental não permite saber com rigor as suas ancestrais origens. O documento mais antigo, datado do ano de 964, apresenta S. Martinho da Gândara já constituída civil e religiosamente, com Igreja própria e autónoma. Antes de fazer parte do Município de Oliveira de Azeméis, pertenceu primeiro à Comarca de Esgueira e depois à da Feira.

Povoado romanizado, S. Martinho da Gândara, sobressai pelo seu Crasto, conhecido pelo antropónimo de “Recarei”, pela sua posição geográfica dominante até à orla marítima, pelos vestígios dos povos celtas, pré-celtas, romanos e visigodos que por aqui passaram e pelos férteis campos agrícolas alternando com densas manchas de pinhal, outrora estéreis gandras.

Segundo parece, a freguesia era denominada de S. Martinho de Massada - Na “Portugaliae Monumenta Histórica” há uma escritura, de 18 de Março de 1002, sob o título: “Testamento de S. Vicente de Pereira na Terra de Santa Maria” onde são doadas várias propriedades, casais, igrejas e respectivos passais, em S. Vicente e S. Martinho de Maçada, por um certo Adriano ao Mosteiro do Lorvão. Isto indica, com toda a probabilidade que, nesta altura, a freguesia se denominava de “Maçada”, nome de lugar ainda hoje existente e outrora de grande preponderância. A partir do séc. XIII, os documentos são unânimes na denominação de “Gandra” ou Gândara.

Os povoadores de S. Martinho, descendo da elevação crastense, pouco a pouco se foram estendendo pela planura, desbravando maninhos e terrenos incultos (gandras), arborizando, tornando aráveis os estéreis terrenos e construindo pequenos aglomerados de casas. Alguns destes maninhos foram até ao séc. XVIII pertença do património da coroa. A existência destas gandras foi certamente o motivo que levou o povo a designar a freguesia de Gandra ou Gândara.

Constituem a freguesia os lugares: Abolembra (antigamente dos mais populosos, aparece citado nas Inquisições de D. Afonso III, em 1514 era reguengo da coroa); Brejo; Casaldias; Crasto; Cavadas, Espinheira; Formal; Herdade; Igreja; Ínsua; Lourinhal; Massada (o lugar mais antigo e importante que os documentos citam a partir de 1002); Macieira do Sobral (aparece nas Inquirições de 1251 e no Livro dos Forais de D. Manuel. Em 1514, faz-se referência a uma feira nesta localidade, provavelmente no extinto sítio de Santa Ovaia); Outeiro; Pardieiro; Paraíso; Porto de Carro (aqui possuía D. Dinis um reguengo que em 1346 doou a Pêro Pais); Quintã; Rosinal; Sá; Serrazina; Telhado; e Vide ( referenciado nas inquirições de D. Afonso III como lugar muito populoso).

 
 
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