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S. Martinho de Tours – Padroeiro de S. Martinho da Gândara
de Cavaleiro Romano a Apóstolo da Gália

Santo padroeiro da freguesia de São Martinho da Gândara, Martinho de Tours era filho de um soldado do exercito romano, nasceu e cresceu na cidade Sabaria na antiga Panónia, hoje Hungria no séc. IV em 316, sob uma educação cristianizada. Aos dez anos de idade, juntamente com a família foi viver para Pavia onde estudou e fez a preparação para receber o baptismo.



Lenda de S. Martinho

O Jovem Martinho não estava insensível à religião pregada, três séculos antes por um homem bom de Nazaré. Um dia aconteceu um facto que o marcou para toda a vida. Numa noite fria e chuvosa de Inverno, às portas de Amiens (França), Martinho, ia a cavalo, provavelmente, no ano de 338, quando viu um pobre com ar miserável e quase nu, que lhe pediu esmola, e Martinho, que não levava consigo qualquer moeda, num gesto de solidariedade, cortou a meio a sua capa (clâmide) que entregou ao mendigo para se agasalhar. Os seus companheiros de armas riram-se dele, porque ficara com a capa rasgada. Segundo a lenda, de imediato, a chuva parou e os raios de sol irromperam por entre as nuvens. Sinal do céu. Seria milagre?

No dia seguinte Martinho teve uma visão, e ouviu uma voz que lhe disse: «Cada vez que fizeres o bem ao mais pequeno (no sentido social de mais desprotegido) dos teus irmãos é a mim que o fazes». A partir desse dia Martinho passou a olhar para os cristãos de outro modo. Reconhecemos que o cristianismo teve dificuldade em se impor como religião, e que um passo importante dado nesse sentido, foi por Constantino I, que em 313, permite que o Catolicismo seja império. Com o tempo foi aceite como religião do Estado.

Depois do encontro de Martinho com o pobre que seria o próprio Jesus, sente-se um homem novo e é baptizado, na Páscoa de 337 ou 339. Martinho entende que não pode perseguir os seus irmãos na fé. Percebe, que os outros são, na realidade, mais seus irmãos que inimigos. Só tem uma solução – o exílio, porque, oficialmente, só pode sair do exército com 40 anos. Martinho ainda militar, mas com uma dispensa vai ter com Hilário que o baptizou (mais tarde Santo Hilário) a Poitiers. Funda o primeiro mosteiro de Ligugé e depois o mosteiro de Marmoutier, perto de Tour , com um seminário. Entretanto a sua fama espalha-se. Muitos homens vão seguir Martinho e optar pela vida monástica. Com o tempo, as suas pregações, o seu exemplo de despojamento e simplicidade, fazem dele um homem considerado Santo. É aclamado Bispo de Tour provavelmente em Julho de 371. Preocupado com a família, lá longe, e com todo o entusiasmo de um convertido vai à Hungria visitar a família e converte a mãe.

A vida de São Martinho foi dedicada à pregação. Como era prática no tempo, mandou destruir templos de deuses considerados pagãos, introduziu festas religiosas cristãs e defendeu a independência da Igreja do poder político, o que era muito avançado para a época. Nem sempre a sua acção foi bem aceite, daí ter sido repudiado, e, por vezes maltratado.

 
 
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